Espera-se que o mercado brasileiro de eletricidade cresça a uma CAGR (Compound Annual Growth Rate), ou taxas de crescimentos anuais compostos, de mais de 3,5% durante o período de previsão 2022-2027. Devido à pandemia da COVID-19 e à resposta política, a demanda de eletricidade do país caiu 1,5% (-10 TWh) em 2020. Esta queda na demanda levou a uma redução na geração de várias fontes de combustível, incluindo carvão (-12,1%), petróleo e gás (-5,8%), -0,6% para hidro, bioenergia e nuclear (-13,6%).
Em comparação, as energias não renováveis como o vento e a energia solar continuaram a crescer 2,6% (2 TWh) em 2020. Fatores como a crescente demanda por fontes de energia limpa e de baixo carbono e políticas governamentais favoráveis são esperados para impulsionar o mercado brasileiro de eletricidade.
Entretanto, espera-se que grandes atrasos na construção de projetos de transmissão de energia devido a restrições logísticas, ambientais e outras, atrasem o desenvolvimento do mercado elétrico brasileiro,
Dados do Mercado de Energia Solar no Brasil
A partir de 2021, o segmento de geração hidrelétrica domina o mercado elétrico brasileiro, e espera-se que continue a fazê-lo durante o período previsto. A hidroeletricidade é a maior fonte de eletricidade do Brasil, e tem grande potencial com vários grandes rios, tornando-a um local ideal para projetos hidrelétricos.
O Brasil tem um futuro promissor para acoplar energia solar e eólica em larga escala como uma usina elétrica híbrida. Em dezembro de 2021, o regulador de energia brasileiro, Aneel, aprovou novas regulamentações para o funcionamento de usinas híbridas de energia. Espera-se que isto, por sua vez, proporcione muitas oportunidades para o mercado elétrico brasileiro no futuro próximo.
O país tem muitos projetos ambiciosos e renováveis alinhados. Com um enorme potencial de energia solar, eólica e hidrelétrica, o país está pronto para entrar no mercado de energia renovável. Além disso, o governo está regulamentando políticas para atrair investimentos estrangeiros em usinas de energia renovável. Isto, por sua vez, deverá impulsionar o mercado elétrico brasileiro durante o período previsto.
A energia hidrelétrica dominará o mercado
A energia hidrelétrica está ativa no Brasil há muito tempo. Espera-se que continue a ser a forma mais dominante de geração de eletricidade, principalmente devido ao seu enorme potencial. Além disso, a energia hidrelétrica ajuda a manter as tarifas de eletricidade baixas.
Em 2020, a capacidade hidroelétrica total instalada havia atingido mais de 109 GW e era a líder em hidroeletricidade na América do Sul e a segunda no mundo, somente depois da China. Cerca de 213 MW (megawatt) de capacidade hidrelétrica foram adicionados no país. No mesmo ano, a energia hidrelétrica foi responsável por mais de 60% da geração anual de eletricidade do país.
A energia hidrelétrica é uma tecnologia madura no país, e as oportunidades de crescimento futuro podem ser limitadas em grande escala. Entretanto, é provável que os pequenos projetos hidrelétricos aumentem nos próximos anos, o que terá menos impacto sobre o meio ambiente e será mais barato de construir.
A partir de 2022, o Brasil tem aproximadamente 195 MW de projetos hidrelétricos programados para serem iniciados comercialmente em 2022, incluindo a pequena unidade hidrelétrica Foz do Estrela. Além disso, o governo estabeleceu uma meta ambiciosa de atingir 112,5 GW de capacidade hidroelétrica até 2030. Espera-se que isto leve a desenvolvimentos hidroelétricos significativos durante o período de previsão. O Brasil também está se tornando líder no desenvolvimento de projetos de energia híbrida com o recente desenvolvimento de uma usina solar fotovoltaica flutuante no reservatório do projeto hidrelétrico Batalha, de 52 MW, de propriedade de Furnas.
Apoiar as políticas governamentais e a ambiciosa meta de energia renovável para estimular o mercado
Ao longo dos anos, a energia hidrelétrica tem dominado a matriz energética do Brasil. No entanto, o governo brasileiro tem se concentrado nos últimos anos no aumento da capacidade de energia eólica e solar. Em 2020, o Brasil atingiu um recorde histórico e sua meta de 7 GW de energia solar operacional, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar).
As fontes de energia renovável solar e eólica aumentaram significativamente nos últimos anos. Em 2020, a capacidade solar total instalada atingiu mais de 7,8 GW, um aumento de mais de 70% em comparação com 4,7 GW em 2019. Da mesma forma, a energia eólica registrou um crescimento de 11% em 2020.
Além disso, o Ministério de Minas e Energia e o órgão público Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram recentemente o Plano Nacional de Energia (PNE) até 2050. O governo brasileiro estabeleceu uma meta de energia renovável de cerca de 45% até 2030 como parte da nova estratégia. Espera-se que isto leve a um desenvolvimento maciço do setor de energia renovável no Brasil.
Em janeiro de 2022, a empresa brasileira de energia renovável Ibitu Energia anunciou a construção de um complexo solar de 1 GW no estado do Piauí. Com um investimento inicial de cerca de R$ 1 bilhão, está previsto que seja construído em três etapas. Com tais projetos, o governo está dando prioridade a projetos de energia renovável, o que por sua vez ajuda a impulsionar o mercado de eletricidade do país durante o período previsto.
Além disso, em janeiro de 2022, uma empresa hidrelétrica norueguesa, Statkraft, planejava iniciar a construção de um projeto eólico de 80 MW no Brasil. A construção deve começar em junho de 2022, com as primeiras turbinas entrando em operação em outubro de 2023, e a conclusão em 2024.
Com excelente potencial eólico na região, o projeto deve gerar aproximadamente 386 GWh de energia renovável por ano, o suficiente para abastecer mais de 190.000 casas no Brasil.
Além disso, a instalação eólica brasileira deverá crescer de aproximadamente 21 GW no final de 2021 para mais de 32 GW até 2026, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica, ABEEólica.
Como resultado, os fatores acima mencionados e o aumento do investimento em energia renovável devem gerar desenvolvimentos significativos e impulsionar o mercado de energia elétrica brasileiro durante o período previsto.
Paisagem competitiva
O mercado brasileiro de eletricidade está moderadamente fragmentado. Algumas das principais empresas que operam no mercado incluem Norte Energia SA, Petróleo Brasileiro SA, Enel Brasil, Eletrosul Centrais Elétricas SA (CGT Eletrosul) e Transmissora Aliança de Energia Elétrica SA, a MONEX Energia, entre outras.
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